Um ano em que Capicua se confirmou como um dos maiores talentos da nova música portuguesa e uma das mais incontornáveis artistas da sua geração.
Os seus seguidores multiplicaram-se, o respeito da crítica e dos seus pares consolidou-se, e sucederam-se os concertos nos principais palcos e festivais do país.
Para celebrar tudo isto, chega “Medusa”, como um presente de aniversário.
Neste disco, verdadeiramente surpreendente, marcam presença alguns dos mais estimulantes projetos de Hip Hop e da atual música urbana de raiz eletrónica. Amigos e parceiros, que Capicua muito admira, convidados a manipular a sua voz e as suas palavras, usando-as em contextos absolutamente novos, na construção coletiva de um álbum de remisturas, que conta também com dois originais arrebatadores (um com Valete como convidado especial e outro com M7, a sua companheira de sempre, numa espécie de tríptico)
Sam the Kid, Virtus e D-One exploram a estética mais clássica do Hip Hop e do R&B. Octa Push, Roger Pléxico, Expeão, DJ Ride e Lewis M trilham caminhos mais futuristas, uns mais cósmicos e outros mais funcionais. DJ Marfox e Puto Anderson representam a mais fresca cena lisboeta, tão aclamada lá fora, do Afro-House pós-Kuduro, à mais moderna Tarraxinha. E White Haus, Stereossauro & Razat e Ninja Kore levam-nos para alguns dos territórios que dominam as pistas de dança atuais. Sempre com resultados surpreendentes.
Como um bom prenúncio, “Medusa” vem para festejar as conquistas do último ano, de olhos postos no tanto que ainda há para construir. E assim festejamos todos a carreira duma artista, com lugar garantido na história da música portuguesa, mas sobretudo no seu futuro.