Nástio Mosquito é um artista muito associado às artes plásticas, área em que tem desenvolvido grande parte do seu trabalho com exposições recentes na Tate Modern em Londres e trabalhos expostos em Minneapolis, Tóquio, Nova Iorque ou São Paulo.No entanto, é na música que Nástio dá asas à sua criatividade e onde se sente realmente livre, usando a palavra como guia.
"Se Eu Fosse Angolano" (S.E.F.A.) é o álbum de estreia do artista e chega a Portugal a 10 de Março. Um álbum duplo que engloba duas facetas musicais do artista: "Se eu Fosse Angolano" que representa o seu lado poético e reflexões mais profundas e Fast Food que deixa transparecer o seu lado mais musical e cantado.
O álbum é um convite à reflexão do que é a Angola plural onde o campo e a cidade se redefinem, onde a sociedade contemporânea toma conta da realidade urbana enquanto a nação se reinventa. Este trabalho aborda temáticas como as relações entre homem e mulher, a relação das pessoas com o dinheiro, com os mais velhos, o amor que o artista nutre pelo país que o viu nascer, mesmo com todos os desafios que Angola representa.
Nástio é o autor de todos os temas do álbum, letra e música. Estes surgem de uma análise profunda do que o rodeia e influencia. A sua liberdade de expressão e de criatividade traduzem-se em letras fortes, interpretadas por uma voz pouco usual que desperta consciências a cada palavra e que canta uma Angola moderna, fruto da evolução dos tempos e da sociedade.
A direcção de arte do disco e dos vídeos ficou a cargo do designer gráfico espanhol Vic Pereiró, companheiro de trabalho de Nástio noutros projectos.
O lançamento de "Se Eu fosse Angolano" (S.E.F.A.) em Portugal representa uma vontade enorme do artista de partilhar a sua arte e de se expressar num país que fala a sua língua.