Após um grande período de afastamento do mundo da música, Rubim tomou a decisão de avançar para estúdio com o músico e produtor Paulo Filipe Carvalho. Juntos, fizeram despertar composições originais que se encontravam há anos adormecidas na memória volátil de um teclado digital. No trabalho “Incursões”, a par com os teclados do compositor, encontramos valorizando e reforçando o lado português da sonoridade global, a guitarra portuguesa e o cavaquinho de Paulo Soares, o acordeão de Pedro Santos e de Pedro Cunha e as percussões tradicionais tocadas por Tiago Soares, Acácio Salero e Paulo Coelho de Castro. Marcam ainda presença, o baixo acústico e o baixo elétrico de Paulo Filipe, o contrabaixo de Sara Ribeiro, o violoncelo de Jed Barahal, a trompa de Ricardo Matosinhos, a níquel harpa de Sérgio Calisto e a voz de Rui Rodrigues nos coros. O registo vocal é feminino e ficou a cargo de Ana Celeste Ferreira, Sílvia Guerner e da cantora galega Uxía conferindo diversidade e cor a um trabalho por si só já variado nas abordagens. “Incursões” é constituído por temas instrumentais e por temas cantados exclusivamente em português, cujas melodias e letras evocam épocas passadas, lendas, festas populares, passagens oníricas, e que refletem também sobre o tempo presente e sobre a forma como atualmente se “vive”. “… as influências são múltiplas e encontram-se heterogeneamente dispersas pelo trabalho, embora conscientemente não consiga especificar alguma em particular. Creio que se pode falar de música portuguesa moderna”.