Como em tudo na vida, ainda que nos esforcemos por vezes por negá-lo, as primeiras impressões contam. No caso do "Bittersweet", elas são claramente favoráveis: o disco começa com simplicidade e leveza e é sólido na composição, nos arranjos e na interpretação. Já desde o início pressentimos a diversidade - dualidade? - que se nos apresentará ao longo da escuta: da emotividade familiar, nuclear, do "Like a crown", com as suas cuidadas harmonias vocais, à descontração sincopada do "Alright" (...) ou ao elegante “Lullaby”, com o seu bonito arranjo de cordas.
(…) É um disco com bom som, arranjos cuidados, escrita respeitosa para com a tradição das canções mas com uma dose certa de individualidade, com interpretações de muito bom gosto em canções diversificadas estilisticamente (...) As audições sucessivas são reencontros confiantes com os detalhes musicais que vamos descobrindo a cada momento. Há muito para descobrir e desfrutar e este disco é muito bonito (...) “Bittersweet” é um passeio estilístico com charme, efetivamente, mas não lhe falta substância. É um disco extremamente bem composto e arranjado, que beneficia de performances irrepreensíveis por parte de todos os envolvidos, de muito bom gosto, e rico nos seus detalhes.