JIBÓIA-BADLAV (LP)

Caro Joaquim Durães,
escrevo para lhe falar sobre o nosso querido Óscar (ou como usam chamar-lhe agora, Jibóia).
O nosso Óscar perdeu-se.
Parece que nas suas investidas pelo Médio Oriente ficou preso em alguma espécie de rusga religiosa, encabeçada pela líder Miró (que actua também na organização terrorista Sequin - suponho que saiba do que estou a falar…).
Soube do seu paradeiro pois constou-me que se havia cruzado com um tal de Omar Souleyman, num deserto qualquer que eu desconheço (entretanto surgiu a confusão de ter sido um Omar, mas Khorshid em vez de Souleyman, o que, embora altamente improvável visto o homem ter morrido antes do nosso Óscar sequer nascer, faz muito mais sentido). Parece que também nos desertos da Escandinávia, uma organização de seu nome Goat, avistou ao longe o que lhes pareceu ser uma Jibóia. A informação apanhou-me surpresa, mas esperançada! No entanto, o seu paradeiro mantém-se desconhecido.
A tal de Miró está a actuar sozinha nesta demanda, ao mesmo tempo que mantém os trabalhos de Sequin. Mas, ao que parece, empenha-se tanto num como no outro, pois no caso Jibóia deixou apenas a informação do rapto, não desvendando a sua localização ou intenção.
4 pistas foram deixadas até agora, todas elas sob título “BADLAV”. As primeiras duas são de esperança, as duas últimas nem tanto… Algo indica um caminho para a Índia, mas não há certezas de nada… "BADLAV" ecoa-me na cabeça, e indica que o Óscar pode ser vítima de um ritual religioso de cariz cíclico, que o trará para junto de nós em breve, quem sabe até com novos caminhos definidos, e com novas perspectivas de viagens e raptos.
Agora que digo isto… ocorre-me que, caso ele sobreviva a este episódio (e rezo a Sarasvati todos os dias para que isso aconteça!), talvez este rapto seja apenas uma manobra de diversão para os mais desatentos. Talvez o Óscar não esteja perdido. Talvez saiba exactamente onde está. Talvez a Miró não o tenha raptado, mas sim o inverso…
Bom, ficam todas estes pensamentos. Espero não o preocupar e creio que no fim, vai correr tudo bem.
Escrevi-lhe apenas para lhe pedir que me avise caso tenha notícias do nosso Óscar.
Cordialmente me despeço,
Cláudia Guerreiro

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