MÃO MORTA-PELO MEU RELÓGIO SÃO HORAS DE MATAR (2LP)

“Pelo meu relógio são horas de matar” marca o regresso dos Mão Morta à Nortesul.

“Pelo meu relógio são horas de matar” marca a estreia da banda, oriunda de Braga, na chamada música de intervenção. Intervenção poética afirma Adolfo Luxúria Canibal, mas ainda assim intervenção.

“Pelo meu relógio são horas de matar” mostra o percurso psicológico e social de um homem solitário, resolvido e confortavelmente instalado na sua indiferença burguesa que, vendo o seu mundo pessoal ser posto em causa pela crise e insegurança que nos afecta a todos, começa a desenvolver uma consciência social até aí ausente da sua vida. Ao longo de 10 grandes canções o conforto indiferente dá lugar ao incómodo primeiro, e a uma revolta profunda, que resulta numa acção / reacção explosiva e completamente imprevista, depois.

“Pelo meu relógio são horas de matar” marca o regresso dos Mão Morta ao Rock puro e duro. Duro e pesado mas lento e profundamente denso, carregado de modernidade “stoner”, mostrando que a sua maturidade nunca se construiu de costas voltadas para o presente mas através duma capacidade ímpar de constante renovação, de permanente desafio.

Em quase trinta anos de carreira os Mão Morta mantiveram sempre a sua fasquia muito alta mas, às vezes, há momentos em que tudo se conjuga para atingir o excepcional, momentos em que o seu génio colectivo se expressa em todo o seu esplendor.

“Pelo meu relógio são horas de matar” marca um desses momentos. Sem qualquer dúvida um dos melhores discos da sua longa carreira.

1. IRMÃO DA SOLIDÃO

2. HIPÓTESE DE SUÍCIDIO

3. NUVENS BÁRBARAS

4. PÁSSAROS A ESVOAÇAR

5. PRECES PERDIDAS

6. DE CORAÇÃO ACESO

7. MULHER CLITÓRIS MORANGO

8. OS OSSOS DE MARCELO CAETANO

9. HISTÓRIAS DA CIDADE

10. HORAS DE MATAR

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